Graciliano Ramos

Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, Alagoas, em 27 de outubro de 1892, e faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1953. Foi romancista, contista e cronista. Publicou em 1933 seu primeiro livro, Caetés, cuja recepção crítica prontamente salientou estar ali em gestação uma voz ímpar na literatura brasileira. Além de Caetés, Graciliano compôs um conjunto magnífico de livros que seriam protagonistas no cenário literário brasileiro moderno: Vidas secas, S. Bernardo, Angústia, Infância, Insônia, entre outros. Em 1953, seria publicado postumamente Memórias do cárcere, narrativa de gênero híbrido que tem como mote a perseguição política e a repressão capitaneadas pelo governo de Getúlio Vargas a partir de 1935, das quais o escritor chegou a ser vítima, tendo sido preso em 1936.

Parte considerável dos escritos de Graciliano Ramos denota sua sincera preocupação com os desajustes sociais e políticos do Brasil de seu tempo. Suas narrativas ? concebidas por meio de uma linguagem concisa, desapegada de ornamentos estéticos e profundamente perspicaz ?, permanecem como monumentos literários a serem contemplados pelos que anseiam se dedicar à arte da palavra escrita.