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Anton Tchekhov

Anton Pavlovitch Tchekhov (1860-1904). Ao findar o século XIX, a Rússia debatia-se em guerras reacionárias. A vida do povo era triste, pesada e sem esperanças. Profunda apatia caía sobre as classes intelectuais, desiludidas das lutas políticas. Tchekhov conhecia intimamente as fraquezas e pequenas misérias de seu povo; sem fustigá-lo, como fazia Dostoiévski, nem exaltá-lo, como Tolstói, o que fazia era compadecer-se dele, e eventualmente chorar com ele. O povo russo, após o estranhamento inicial ante a melancolia discreta, reconheceu que tinha sua alma compreendida e expressa em obra tão sutil. Ao mergulhar no microcosmo de seus personagens, Tchekhov expressa delicadamente a alma russa e alça-se ao estatuto de retratista fiel da condição humana. Mais do que perspicaz dramaturgo, é na breve narrativa do conto que sua arte finíssima encontra clima propício para o florescimento de seus dotes de observador “enamorado da humanidade”, na observação autorizada de Virginia Woolf.

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