Tomás Antônio Gonzaga nasceu na cidade do Porto, em Portugal, em 1744, filho de pai brasileiro. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, foi juiz em Beja, ouvidor em Vila Rica, Minas Gerais, e desembargador na Bahia. Acusado de participar da Inconfidência Mineira, foi degredado em 1792 para Moçambique onde morreu, provavelmente em 1810. Escreveu várias composições amorosas, a que chamou Liras, quase todas dedicadas a Marília, a sua noiva D. Maria Doroteia Joaquina de Seixas. Para o crítico Antonio Candido, com Tomás Antônio Gonzaga: “O Arcadismo encontrou no Brasil a mais alta expressão. Na sua obra há um aspecto de erotismo frívolo, expresso principalmente nas poesias de metro curto, anacreônticas em grande parte, celebrando a namorada, depois noiva, sob o nome pastoral de Marília. Mas ela vale, sobretudo pelas de metro longo, voltadas para a expressão lírica da sua própria personalidade. Nelas, com admirável simplicidade e nobreza, traça um roteiro das suas preocupações.”
Tomás Antônio Gonzaga
10 de maio de 2018